domingo, 4 de outubro de 2009

PM morto em assalto será enterrado neste domingo com honras


Será enterrado neste domingo de manhã, no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte, com honras militares, o corpo do soldado Douglas Rocha Simoneli, de 23 anos, morto a tiros durante tentativa de assalto na noite de sexta-feira no Bairro Enseada das Garças, na região da Pampulha. Durante a troca de tiros, o militar do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) matou um dos atacantes e baleou outro, que foi preso, juntamente com mais dois acusados de participar do assalto. Em menos de 15 dias foi a quarta ocorrência envolvendo um policial que reage a assalto. Nas demais, os suspeitos foram rendidos ou mortos.

Segundo informações da PM, o soldado, à paisana, foi atacado por dois homens, que o dominaram e o puseram no banco traseiro do carro do militar, um Palio. Porém, antes de ser reconhecido, Douglas conseguiu sacar a arma e enfrentar os dois suspeitos. Mas dois assaltantes que estavam em outro veículo, dando segurança aos atacantes do PM, atiraram contra o militar duas vezes. O soldado ainda tentou persegui-los, mas não resistiu aos ferimentos no pulmão e morreu a pouco metros do carro.

Militares que atenderam a ocorrência informaram ainda que o assalto ocorreu pouco depois de Douglas sair da casa da namorada, no Bairro Céu Azul, em Venda Nova, por volta das 23h30. Ele entrou no carro e foi abordado por dois homens numa motocicleta. Os ladrões o renderam, obrigando-o a ficar no banco traseiro do veículo. O carro foi levado para o Bairro Enseada das Garças, onde o militar sacou o revólver que estava na cintura e disparou contra o assaltante que ocupava o banco do passageiro. Em seguida, segundo a ocorrência, ele entrou em luta com o motorista. Desgovernado, o carro bateu num muro da Rua Edeltônio Frota Cruz.

Em outro veículo, dois comparsas viram a briga e atiraram duas vezes contra o soldado, através da janela traseira esquerda do carro. Os tiros o acertaram no peito, na altura do pulmão. O PM ainda conseguiu sair do veículo e caminhar cerca de 70 metros, antes de morrer. De acordo com o sargento Alexandre, da Rotam, ao chegar ao local os militares encontraram os dois corpos e um assaltante ferido. A arma de Douglas não foi encontrada. A suspeita é de que tenha sido levada. No banco da frente do Palio ainda foi achado um revólver com quatro munições intactas, possivelmente pertencente aos assaltantes.

Um celular abandonado pelos acusados na hora da fuga ajudou a PM a prender dois suspeitos de terem atirado no soldado. O aparelho tocava incessantemente e um militar, fingindo ser o bandido ferido, atendeu a chamada e pediu para ser resgatado. Dois homens que ocupavam um Celta preto atenderam o falso pedido de socorro, foram surpreendidos pela PM e encaminhados à 7ª Seccional de Venda Nova. O suspeito ferido no ombro por Douglas está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em observação.

Cena repetida



Em 22 de setembro, um sargento da PM à paisana foi rendido por dois assaltantes armados quando entrava em seu carro no Bairro Candelária, em Venda Nova, e obrigado a acompanhá-los. A dupla tinha intenção de praticar assaltos, tendo a vítima como refém, mas o levaram para comprar drogas no aglomerado Pedreira Prado Lopes. Aproveitando um descuido dos ladrões, o sargento pegou seu revólver, que estava debaixo do banco do veículo, e atirou no pescoço de um deles, de 14 anos. Depois disso, a dupla foi rendida.

Menos de 10 dias depois, no Bairro Água Branca, em Contagem, um suspeito de assalto foi morto numa troca de tiros com um policial de folga. O PM disparou contra três ladrões que se preparavam para roubar um supermercado. Na noite anterior, no Bairro Madre Gertrudes, na Região Oeste, um detetive da Polícia Civil estava com amigos num bar e depois de assaltantes renderem todos clientes do estabelecimento, ele matou com quatro tiros um dos ladrões.

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